Movimento Número 1:
O silêncio de Depois…

Sinopse:
O Coletivo Negro mostra quatro personagens desterrados, que após uma desocupação violenta para a construção de uma linha férrea, encontram-se no lugar onde moravam.
Por meio de narrativas, buscam, coletivamente, refletir acerca do etnocídio acontecido, bem como enterrar os seus mortos que faleceram, mas nunca chegaram a morrer.
Duração| 60 min.



COLETIVO TEATRAL PAULISTANO TRAZ MOVIMENTO PARA O IMAGINÁRIO NEGRO BRASILEIRO

O Coletivo Negro recebeu em 2011 duas indicações ao prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro por essa que é sua primeira montagem.


A recriação, poetização e problematização das consequências da diáspora África-Brasil, bem como a investigação de uma linguagem pautada pela poesia, são alguns dos pilares da pesquisa do Coletivo Negro, grupo que existe a 7 anos na cidade de São Paulo. O espetáculo Movimento Número 1: O Silêncio de Depois… é a materialização dessa pesquisa estética e política. Em 2011 a cia foi indicada ao prêmio da CPT – Cooperativa Paulista de Teatro – nas categorias grupo revelação e melhor elenco.

Formado por artistas negros oriundos da Escola Livre de Teatro de Santo André e da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo – EAD-ECA-USP, o Coletivo traz em Movimento Número 1: O Silêncio de Depois…, quatro personagens que dividem com o público sua experiência de desapropriação material e simbólica, invocando memórias que povoam o imaginário do negro brasileiro e da sociedade como um todo.

A inspiração surgiu da necessidade de aprofundar as relações entre as narrativas pessoais e o modo como representam e refletem a história social, sobretudo acerca das consequências da diáspora África-Brasil. O trabalho baseou-se nas fotografias de família, cartas, poemas, receitas de vó, simpatias, estudos sobre o teatro experimental do negro, leituras de autores africanos como Luis Bernardo Honwana e Mia Couto, Pierre Claster, Walter Benjamin, entre outros, e viagens à comunidades quilombolas.

A montagem em disposição espacial circular coloca todos os participantes no mesmo plano, o que remete às antigas tradições africanas dos contadores de histórias (griô) e traz com a música ao vivo, sonoridades antigas e modernas, que fazem o cruzamento entre o passado narrado e o presente da cena. A peça tem texto de Jé Oliveira que também divide a direção com Flávio Rodrigues.

 
 

Central de Produção

Ficha técnica

Coletivo Negro | Aysha Nascimento, Flávio Rodrigues, Jé Oliveira, Jefferson Matias, Raphael Garcia e Thaís Dias Direção Geral, Concepção, Preparação dos Atores, Treinamento-Físcio-Energético, Dramaturgia e Atuação | Coletivo Negro Direção Musical e Música ao vivo | Cássio Martins e Fernando Alabê Composições | Coletivo Negro e Fernando Alabê Cenografia e Luz | Julio Dojcsar>casadalapa e Wagner Antônio Concepção Espacial | Coletivo Negro e Júlio Dojcsar>casadalapa Figurino | casadalapa> Julio Dojcsar e Silvana Marcondes Fotos | Zeca Caldeira>CasadaLapa Produção Geral | Coletivo Negro Assistente de produção geral | Ana Flávia Rodrigues Projeto Gráfico | casadalapa> Sato