Nossos Passos


Em 2007, após a montagem do experimento cênico “Um longo caminho que vai de Zero à Ene”, de Timochenko Wehbi, dentro do curso de direção da Escola Livre de Teatro de Santo André, Jé Oliveira, diretor da experimentação “De Zero a Ene”, convida Thaís Dias e Jefferson Matias, então artistas-aprendizes da instituição, a fomentar a possibilidade de aprofundar a pesquisa que tinham realizado para aquele trabalho, cujo pano de fundo era a invisibilidade social. O desejo de continuar a debater e a fazer um teatro comprometido com questões étnico-raciais, levou Jé Oliveira a convidar os também atores Raphael Garcia, da Escola de Arte Dramática da USP, Flávio Rodrigues e Aysha Nascimento, também da Escola Livre de Teatro de Santo André, a formarem um grupo de pesquisa que se voltasse para a situação socio-econômica e a produção estética do negro brasileiro. Do encontro destes artistas e destas vontades nasce, em 2008, o Coletivo Negro: grupo que debruçasse acerca da investigação estética, ética e política da linguagem teatral por meio da contracena.
Em 2010 fomos contemplados pelo PROAC (Programa de Ação Cultural) do Governo do Estado de São Paulo (edital de obras inéditas), com o projeto “Quilombos Urbanos”. Este prêmio subsidiou e alicerçou nossa primeira montagem: Movimento Número 1: O Silêncio de Depois…, que teve sua estreia no ano de 2011 e nos rendeu duas indicações no prêmio Cooperativa Paulista de Teatro, nas seguintes categorias: Grupo Revelação e Melhor Elenco.
Em setembro deste mesmo ano estivemos presentes em uma oficina exclusiva para artistas de teatro que pesquisam a racialidade, com o ator negro William Nadylam da cia do Peter Brook. Ainda em 2011 fomos selecionados pelo crítico e pesquisador de teatro Sebastião Milaré para participar de um documentário produzido pela Tv Sesc intitulado: Teatro e Circunstância.
Em 2012, o Coletivo Negro, via edital público, foi o primeiro grupo de tetatro que desenvolve uma pesquisa racial a ocupar artisticamente o TUSP (Teatro da Universidade de São Paulo – USP). Por três meses, de setembro a novembro, ficamos em cartaz com: Movimento Número 1: O Silêncio de Depois… Essa ocupação nos rendeu uma indicação do público ao prêmio “Aplauso Brasil” na categoria “Destaque de 2012”. Ainda neste ano fomos contemplados pela primeira vez na XXI Edição da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, um projeto em parceria com o coletivo CasadaLapa, intitulado: Cebrização do Homem Comum.
Em 2014, como resultado da investigação subsidiada pela XXI Edição da Lei de Fomento, estreamos a peça: {ENTRE}. No segundo semestre deste mesmo ano fomos contemplado com a XXV Edição da Lei de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo, com a investigação intitulada: “A Concretude Material do que Somos: Símbolos, Mitologias e Identidades”, que se materializou por meio da criação de 4 obras inéditas: Revolver, Farinha com Açúcar ou Sobre a Sustança de Meninos e Homens (Peça-show que conta com a participação do Dj dos Racionais Mc’s: Kl Jay), Ida e Catula, além do registro e lançamento das duas drmaturgias inéditas do grupo; e dois CD’s com as trilhas originais dos nossos dois primeiros espetáculos.
Em 2016 fomo contemplados com a XXIX Edição da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo.
Em 2017 Jé Oliveiraé contemplado no 6ª Prêmio Questão de Crítica por sua obra: Farinha com Açucar ou Sobre a Sustança de Meninos e Homens.
Dentre os locais que já nos apresentamos destacam-se: Áuditório Ibirapuera, SESC Pompéia, Festival de Curitiba, Escola Livre de Teatro de Santo André, Sesc Belenzinho, TUSP, FAN – Festival de Arte Negra – BH-MG, Itaú Cultural, SESC Palladium – MG, SESC Santos, Teatro Vila Velha – Salvador-BA, SESC Curitiba, SESC Presidente Prudente, SESI Vila das Mercês, Espaço Clariô, Faculdade Zumbi dos Palmares, Mostra Cultural da Cooperifa, Galpão do Folias e Centro Cultural Martins Penna.